Inclusão
Os profetas não são homens ou mulheres desarrumados, desengonçados, barbudos, cabeludos, sujos, metidos em roupas andrajosas e pegando cajados.
Os profetas são aqueles ou aquelas que se molham de tal forma nas águas da sua cultura e da sua história, da cultura e da história de seu povo, dos dominados do seu povo, que conhecem o seu aqui e o seu agora e, por isso, podem prever o amanhã que eles mais do que adivinham, realizam ...
Eu diria aos educadores e educadoras, ai daqueles e daquelas, que pararem com a sua capacidade de sonhar, de inventar a sua coragem de denunciar e de anunciar.
Ai daqueles e daquelas que, em lugar de visitar de vez em quando o amanhã, o futuro, pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e como o agora, se atrelem a um passado, de exploração e de rotina.
Paulo Freire
Muito se tem falado de exclusão social na atualidade, e o tema catalisa, de maneira surpreendente, um número cada vez maior de grupos marginalizados que integram as fronteiras da exclusão social. Entende-se que independente da expressão que adjetive o substantivo educação – “inclusiva”, “para todos” ou “multicultural”– a realidade que se pretende modificar é aquela que expropria os direitos cidadãos da plena inserção social dos sujeitos.
A prática de um trabalho com pessoas com necessidades educacionais especiais extrapola os limites dos muros da escola e exige integração de áreas como as da saúde, ação social e trabalho, a fim de que possamos melhorar as condições globais que atuam sobre a aprendizagem dos alunos, garantindo as condições objetivas e subjetivas básicas de que eles necessitam para aprender. Deve ser compreendida em uma dimensão bem ampla, ou seja, não só educativa, mas também sócio-cultural, com o objetivo de desenvolver suas potencialidades, sem destacar suas dificuldades, porém respeitando-as, aprimorando sua participação na sociedade.
Compete à educação e à escola, nesse sentido, ser um meio