Inclusão
A dificuldade em aceitar aquilo que aparentemente foge da normalidade é a origem do preconceito. As pessoas temem o que não conhecem.
Existem muitos brasileiros comprometidos com a conscientização e o combate ao preconceito. São pessoas que lutam por escolas com rampas, que permitam aos alunos que usam cadeiras de rodas estacioná-las ao lado das bicicletas dos colegas. Mais do que isso, elas trabalham por uma escola que possibilite ao jovem com deficiência o sonho de ir longe na vida. Os professores também são aliados da inclusão quando têm informação e respeitam o direito de crianças e jovens com deficiência de estudar e de ser tratados com dignidade.
Na escola que é de todos, cada criança recebe aquilo de que precisa: para os surdos, língua de sinais; para os que não se mexem, tecnologias de comunicação alternativa; para quem demora a aprender, jogos coloridos e muita repetição; para os cegos, braile. A escola não se resume mais a lápis, caneta, caderno, giz, lousa e professor. É o lugar da diversidade, que se reflete na quantidade de recursos, que têm por objetivo fazer o aluno progredir.
Cada deficiência requer estratégias e materiais específicos e diversificados. Porém, é preciso reconhecer que cada um aprende de uma forma e num ritmo próprio. Respeitar a diversidade significa dar oportunidades para todos aprenderem os mesmos conteúdos, fazendo as adaptações necessárias (o que não significa dar atividades mais fáceis a quem tem deficiência).
A escola só ensina todos quando fica atenta à necessidade de respeitar o ritmo e observar as capacidades de cada um, em vez de enfatizar as limitações.
Apesar dos avanços dos últimos anos, rever conceitos e práticas é necessário.