Inclusão e observação: um trabalho de campo com crianças especiais
CENTRO DE EDUCAÇAO E HUMANIDADES
INSTITUTO DE PSICOLOGIA
INCLUSÃO E OBSERVAÇÃO:
Um trabalho de campo com crianças especiais
Caroline Areias
Juliana Ramos
Karen Oliveira
Vanessa da Costa
Trabalho apresentado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro, como requisito parcial para aprovação na disciplina Antropologia Social, ministrada pela professora Simone Vassalo.
RIO DE JANEIRO
2011
1 INTRODUÇÃO
Como proposta de avaliação final da disciplina de Antropologia, estamos apresentando este trabalho, que foi realizado por meio de visitas semanais por um mês e meio na escola Professora Marlucy Sales de Almeida da Trindade, em São Gonçalo. Trata-se de um trabalho de campo, método classicamente utilizado na disciplina em questão.
Velho (1981), aponta que na visão clássica de pesquisa é necessária uma distancia mínima que garanta ao pesquisador a objetividade, buscada pelo discurso científico. Nesse tipo de olhar, a busca da verdade deveria ser feito de forma imparcial e aí se dá a importância (e necessidade) de métodos quantitativos de coleta de dados. Ele aponta também que, essa noção clássica já não é mais unanimidade na comunidade científica, pois hoje tem se considerado um certo envolvimento entre pesquisador e pesquisados. Dessa forma, os métodos qualitativos, como observação participante, entrevista aberta, contato direto e pessoal passam a ter sentido na realização dessas pesquisas.
No campo da Antropologia, isso é de fundamental importância pois, como mesmo pontua Velho (1981), existem aspectos de uma sociedade, de um grupo, que não são explicitados – daí a importância de uma pesquisa prolongada. Como não se envolver? Além disso, por ser um trabalho que necessita de mais aprofundamento e empatia, porque não se envolver?
Nesse ponto, cabe a discussão de Malinowski (1986), que acreditava ser o objetivo dos estudos da Antropologia, conhecer a visão de mundo dos povos, compreender o