Inclusão social

1.INTRODUÇÃO
A necessidade de se promover projetos de inclusão social especialmente em países do terceiro mundo, como o Brasil é notória e carece de quaisquer justificativas mais elaboradas. É notória porque o conjunto de carências a que está exposta boa parte da população permite refletir, seriamente, por qual dos problemas começar ou, ainda, em que lado da exclusão estão as facetas mais ou menos cruéis.
Um exemplo disso é a questão educacional. Na década de 90 houve um esforço de se colocar crianças no ensino fundamental... no entanto, todos os testes, sejam nacionais ou internacionais, apontam que estas crianças não obtiveram um ensino minimamente de qualidade. Não se questiona o acerto do esforço de se colocar tais crianças para estudar...muito melhor que estejam nas escolas. Mas, a reflexão que se quer obter é se o processo nas quais as mesmas foram envolvidas, seria uma inclusão real ou meramente um dado estatístico capaz de amenizar dores de consciência da sociedade?
Outro exemplo é a questão da distribuição de benefícios tais como "bolsa-família", "cesta-básica", "vale-leite"... consiste na distribuição de alimentos ou de uma pequena quantia em dinheiro para as famílias mais carentes... É evidente que o alívio momentâneo representado por estas iniciativas é enorme, considerando famílias que a alternativa a esta ajuda seria simplesmente não ter com o que minimamente alimentar-se. Contudo, cabe aqui também a questão: de que forma se estaria promovendo esta inclusão? À base de um assistencialismo que, via de regra, tem seus aspectos menos nobres, como fins eleitoreiros ou, no mínimo, aqueles que em nada promovem a dignidade humana.
Tantos outros exemplos poderiam ser mencionados e, como já citado, o campo é fértil para um país cheio de necessidades de todas as espécies, como o Brasil. O objetivo deste trabalho é refletir sobre algumas idéias a respeito dos projetos de inclusão social, de qualquer nível. Refletir se, com pequenas modificações, estes projetos