Inclusão Social na dança
A deficiência, desde a Antiguidade, é vista pela sociedade como um fator de exclusão; em detrimento a isso, a dança, desde os seus primórdios, mostra-se como um eficiente fator de inclusão social; uma vez que, segundo Câmpelo (2002), trata-se de uma linguagem da arte que expressa diversas possibilidades de assimilação do mundo. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo levantar os motivos, as dificuldades e possíveis mudanças diante da realização da dança, como fator de inclusão social para dançarinos com deficiência.
METODOLOGIA:
O estudo de natureza descritiva foi desenvolvido em dois grupos de dança contemporânea da cidade do Natal/RN - Roda Viva e Gira Dança -, no ano de 2008, do qual participaram sete dançarinos com deficiência (seis com deficiência física e um com deficiência visual) com idade entre 21 e 41 anos, dos quais dois eram do sexo feminino e cinco do sexo masculino. Para coleta de dados, foi utilizado, como instrumento uma entrevista semi-estruturada, contendo duas partes: a primeira versando sobre a Identificação do grupo pesquisado e a segunda sobre a atuação dos participantes na dança, focando os motivos que os levaram à prática da mesma, dificuldades encontradas e benefícios proporcionados pela dança. Os dados foram organizados e interpretados com base no modelo proposto por Alves e Silva (1992).
RESULTADOS:
Os dados levantados junto aos participantes da pesquisa apontaram entre outros motivos para a influência de amigos e o prazer pela dança, como fatores decisivos no retorno da vida social transformando as limitações causadas pela deficiência em novas possibilidades. De uma maneira geral, os participantes assinalaram como benefícios decorrentes da dança uma maior consciência e percepção da imagem corporal, auxiliando na independência das Atividades de Vida Diária, além de mudanças físicas, psíquicas e sociais. Para eles, os benefícios extrapolam as limitações impostas pela deficiência, favorecendo a atmosfera das