Inclusão dos deficientes através da dança
Avaliar as eficiências da dança no corpo de pessoas com deficiência e promover projetos de extensão, é o trabalho desenvolvido pelo grupo de pesquisa Poéticas da Diferença, coordenado pela professora da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Fátima Daltro. As práticas do grupo de extensão “Acessibilidade em Trânsito Poético” contemplam, desde 2004, evidenciar a melhoria do equilíbrio corporal, autonomia, segurança e, principalmente, interesse pela vida.
Segundo Fátima Daltro, investigar o movimento corporal do dançarino com deficiência é uma proposta relativamente nova, mas tem sido discutido e despertado o interesse em diversos setores da sociedade. “Sabe-se que as principais resistências têm como origem o preconceito, a falta de informação e da vivência com a diversidade.” Ainda de acordo com Fátima Daltro, romper essas barreiras é importante para socializar as informações sobre os modelos de inclusão e permitir que as teorias se aproximem e possam revelar a realidade emergente. Os estudos destacam que a arte pode ser uma forma de dar voz ao “diferente”, especialmente na dança. A ideia de que cada corpo é único nas suas experiências e o discurso pode partir de todos.
Grupo de dança Poética da Diferença
Uma das inspirações no início da pesquisa foi Eduardo Oliveira, bailarino, cadeirante e colaborador do projeto Acessibilidade em Trânsito Poético. Ele participa do Grupo X de Improvisação em Dança, também coordenado pela Professora Fátima Daltro. Os encontros de improvisação acolhem profissionais e estudantes de diversas áreas do conhecimento (música, videodança, teatro), entre eles, pessoas com deficiência. “Com a improvisação trabalhamos a tomada de decisão, saber fazer escolhas, lidar com a frustração, o prazer do encontro com o outro e consigo mesmo. Acredito que tudo isso não fica restrito a uma sala de aula ou ensaio, levamos para a vida e para os relacionamentos,” declara Eduardo.
Através da