INCLUSÃO DIGITAL E INDÚSTRIA CULTURAL
Entende-se por indústria cultural o sistema formado pelos meios de veiculação dos bens simbólicos destinados ao consumo de massa. Tal sistema insere-se na própria lógica capitalista e é dotado de autonomia frente a seus consumidores. Há características gerais que permeiam a formação da indústria cultural nos países capitalistas, porém há especificidades de acordo com o quadro particular de cada país. Em se tratando do Brasil, pode-se ressaltar peculiaridades de sua indústria cultural por tratar-se de um país de industrialização tardia, em que é complexa a própria questão do desenvolvimento nacional. Outras peculiaridades surgem igualmente da situação política do país, marcada por duas décadas de ditadura militar, as quais correspondem ao período de maior desenvolvimento econômico do país. Nesse quadro ambíguo inscreve-se a expansão da indústria cultural no Brasil, que contém aspectos bastante interessantes a serem analisados. Dentre os meios de comunicação de massa, dá-se destaque à televisão, por tratar-se do veículo mais poderoso e mais representativo da indústria cultural. No caso brasileiro, o sistema televisivo conheceu grande expansão somente a partir da década de 60, expansão esta fortemente favorecida pela ação do governo militar na área.de telecomunicações. O papel do Estado foi fundamental na estruturação dos meios de difusão da indústria cultural, e é essencial observar a relação destes com a ordem socioeconômico que configura a moderna sociedade brasileira.
Indústria cultural é o nome dado a empresas e instituições que trabalham com a produção de projetos, canais, jornais, rádios, revistas e outras formas de descontração, baseadas na cultura, visando o lucro. Sua origem se deu através da sociedade capitalista que transformou a cultura num produto comercializado. A principal forma cultural construída por essas indústrias é a televisão, que ensina e forma indivíduos cada vez mais cedo. Nela podem-se observar