inclusao social
“Meu nome é Thiago Baptista Nogueira, tenho 23 anos, solteiro e moro na cidade do Rio de Janeiro’’”. Sou formado em Técnico de Edificações, mas atualmente estou parado pelo INSS com auxílio acidente de trabalho. Sempre fui muito ativo, praticava diversas atividades físicas, como natação, judô, vôlei, musculação e futsal. Mas, no dia 13 de junho de 2008, sofri um acidente de trem na estação de Madureira (zona norte do Rio), quando voltava do trabalho. Tive amputados a minha perna direita e meu pé esquerdo. Apesar da gravidade do acidente, fiquei apenas uma semana no hospital. A partir daí, minha vida mudou completamente. Tornei-me uma pessoa sedentária, que necessitava de ajuda até nos afazeres diários, como tomar banho e ir ao banheiro. Para tudo eu precisava de alguém ao meu lado, e isso foi um grande choque na minha vida.
Dois meses após o acidente, comecei a frequentar a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR) para tentar me adaptar à minha nova vida. E foi lá que conheci pessoas novas em situações idênticas e até piores que a minha. Com isso, percebi que devia fazer algo por mim mesmo, que não deveria me deixar abater pelos fatos e recomeçar a vida do zero.
Nessa mesma época, o meu avô, que era como um pai para mim -já que o meu havia falecido quando eu tinha apenas nove anos- sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). Eu estava em casa sozinho e tive que socorrê-lo. Se aguardasse a ajuda de alguém, ele não resistiria. Infelizmente, ele veio a falecer meses depois. Todos esses fatos foram relevantes para virar o ponto de partida inicial, para eu mudar.
Devido às situações que haviam acontecido na minha vida, eu necessitava de algo que me distraísse que me fizesse esquecer tudo que eu estava passando naquele momento. Decidi voltar a nadar, e foi através da natação que conheci amigos que também eram deficientes, mas praticantes de atividades físicas há mais tempo. Foram eles que me indicaram uma nova modalidade que estava