Inclusao inclussiva braille
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O PROFESSOR DE BRAILLE E A CRIANÇA CEGAO ensino do Braille requer que o contacto entre professor e aluno seja individualizado e próximo. Num contacto deste tipo o professor de Braille pode ser uma fonte de aconselhamento e suporte para o aluno, na medida em que o escuta quando, expressa sentimentos, lhe esclarece dúvidas e lhe regula expectativas relacionadas com a situação presente e futura.
Esta acção é importante porque diminui tenções emocionais, motiva o aluno para agir e contribui para que o mesmo não fixe para si, objectivos irrealizáveis, cuja não concretização lhe causaria frustrações, sempre limitativas de uma vivência satisfatória.
Da aprendizagem do sistema Braille até uma leitura destra, gratificante, há um longo caminho a percorrer. Pressupõem-se as bases de um bom ensino e muitas horas de prática para desenvolver até esse nível o sentido do tacto. Hoje em dia é preciso ter mais força de vontade e um gosto inato pela leitura táctil para nos disponibilizarmos assim para ela, resistindo ao apelo dos cada vez mais livros gravados, dos programas de rádio e televisão que agora nos entram em casa em catadupa, das novas tecnologias, dos trabalhos manuais menos exigentes em termos de concentração. Além disso, a leitura é uma actividade possessiva que nos subtrai ao ambiente circundante, que nos solicita por inteiro. Não nos entregamos a ela de bom agrado sem esperar contrapartidas que valham o que deixámos.
TIFLOLOGIA, UM POUCO DE TERMINOLOGIA
De acordo com a perspectiva histórica geralmente adoptada foi em França, no último quartel do século XVIII, que Valentin Haüy fez despontar a tiflologia. É geralmente considerado, com toda a justiça, como pai da tiflologia.
Os cegos começaram então a ser escolarizados, ainda que com um currículo muito limitado, em que as disciplinas apresentavam níveis muito elementares. Por outro lado, o processo de leitura e escrita adoptado por Valentin Haüy (uso dos caracteres gravados em relevo) prestava-se mal à