Incidência avc
No Brasil, o impacto do AVC na população tem crescido em função do aumento da sua prevalência e da elevação do número de idosos. Este acometimento neurológico apresenta elevada incidência e alta taxa de mortalidade, de acordo com o Ministério da Saúde e do Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (www.datasus.gov.br).
AVC é a principal causa de morte no Brasil (MINELLI, FEN; MINELLU, 2007; CABRAL et al., 2009). Mesmo com o decréscimo na mortalidade, a taxa de internação por AVC, no ano de 2010, de adultos com idade entre 39 e 59 anos, foi de 8,82 indivíduos para cada 10 mil habitantes no Brasil (Banco de Dados do Sistema Único de Saúde, www.datasus.gov.br). Ainda é preciso considerar que tal patologia é relacionada a fatores de risco como doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, tabaco, alimentação, atividades físicas, estrutura social e diferenças étnicas (LAVADOS et al.,2007).
A incidência de prejuízos nas funções cognitivas nas doenças cerebrovasculares é de aproximadamente 65% dos adultos que sobrevivem ao AVC (Parker et al,. 2010), podendo afetar entre 40 e 60% dos pacientes idosos (VAKHNINA, NIKITINA, PARFENOV; YAKHNO, 2009). A ocorrência destas alterações está fortemente relacionada à dificuldade de recuperação do paciente e de seu benefício com a reabilitação (LOUIE, WONG; WONG, 2009; VAKHNINA, NIKITINA, PARFENOV; YAKHNO, 2009), assim como à ocorrência de um segundo episódio de AVC (DONOVAN et al, 2008; NYS et al., 2005). Alguns dos principais fatores apontados como determinantes para a presença de déficits cognitivos após em evento cerebrovascular são a idade avançada, baixa escolaridade, comprometimento neurológico severo e depressão grave (SAXENA, 2006).