imunologia
IMUNOLOGIA DA BLASTOMICOSE SUL AMERICANA — Resultados preliminares na imunoprecipitação. *
WILLIAM BARBOSA *• JOANA ROSA MENDONÇA
LOPES DE OLIVEIRA "**
RESUMO
Estudamos soros de 24 pacientes, bem documentados, de blastomicose sul americana.
De l a 12 amostras do mesmo soro foram testadas contra antígeno, extraído da forma leveduriforme do
P. brasiliensis, em concentrações que variaram de 50 a 200 mg/ml, pela técnica de imunodifusão em suporte de agar a 2% e por imunoeletroforese em acetato de celulose e agarose a
\%, Observamos o aparecimento de faixas de precipitação em número de l a 3 pela imunodifusão dupla e l a
4 faixas na zona do catódío na imunoeletroforese. Não foram observadas reações cruzadas com micoses profundas, comuns em nosso meio, nem falsa reação positiva em várias doenças, principalmente naquelas que clinicamente servem para diagnóstico diferencial de blastomicose sul americana, por se confundirem com ela, em nosso meio.
INTRODUÇÃO
A blastomicose sul americana de grande prevalência entre nós
• Trabalho de Goiás
'• Professor
•** Técnicos
e RAQUEL
adquire em Goiás, por condições desconhecidas, talvez ecológicas, de variação de cepas ou outras, aspectos clínicos inusitados. Freq u e n t e m ente observam-se em crianças e adultos jovens a forma linfático-abdominal, a forma disseminada aguda com lesões ósseas e menos comumente lesões tegumentares de aspecto hanseniforme, quadros clínicos todos estes que se acompanham de alterações profundas do eletroforegrama, algumas vezes se assemelhando a verdadeiras gamopatías parasitárias, isto quando se analisa apenas o perfil eletroforético em papel de filtro (l,
2, 3, 4, 6).
Por outro lado, admite-sc haver correlação entre as alterações eletroforéticas, evolução clínica da doença e presença de certos anticorpos no soro desses pacientes, dentre eles precipitinas (l,
6, 9).
realizado no Instituto de Patologia