Imunoglobulinas do Colostro do Bezerro
Imunologia – BIO 250
Imunoglobulinas do Colostro na Imunização de Bezerros
Rachel Tavares, 79066
Danielle Estanislau, 79024
Débora Moreira, 75917
Celina Vieira, 83575
Ter bezerros saudáveis é crucial para o programa de criação de bovinos. Sabendo que as quatro primeiras semanas é o período mais crítico na vida do animal, já que eles manifestam uma particular susceptibilidade às doenças, sendo que as taxas de mortalidade podem alcançar de 15% a 20%, o manejo com os filhotes é de suma importância dentro da linha de produção, principalmente no quesito nutrição após o nascimento. O manuseio inadequado, principalmente o fornecimento de colostro ao bezerro, pode aumentar em até 74 vezes o risco de mortalidade.
A espécie bovina possui a placenta do tipo sindesmocorial, uma classificação placentária feita através da inter-relação do fluxo sanguíneo materno-fetal. Define-se por: contato entre um dos anexos embrionários (vilo corial) com o tecido conjuntivo abaixo do epitélio uterino, formando cotilédones, sem alcançar os vasos sanguíneos maternos, o que permite, por difusão, a passagem de nutrientes. Porém, devido às várias camadas de tecidos que separam a circulação materna da fetal, a transferência de proteínas presente no plasma sanguíneo, inclusive anticorpos, nesse período da gestação é impedida. Dessa forma, o bezerro nasce agamaglobulinêmicos ou hipogamaglobulinêmicos, com níveis séricos baixos de imunoglobulinas, 0,2 mg/mL, tornando-se dependente exclusivamente da ingestão de colostro logo após o nascimento, uma vez que esta é a sua única fonte de anticorpos e de outras proteínas.
O colostro, diferentemente do leite, é caracterizado por uma secreção viscosa da glândula mamária produzida imediatamente após o parto, por um período de até três dias. É composto por aproximadamente 20% de proteína, 18,5% de sólidos não gordurosos, e ainda é rico em açucares, minerais e vitaminas. Do total, possui uma fração