IMPÉRIO BIZANTINO - ECONOMIA E EXÉRCITO
A economia do Império Bizantino foi ao longo de vários séculos uma das mais fortes economias da região do Mediterrâneo. A capital Constantinopla, situada na confluência de várias rotas comerciais que no seu auge cobriam praticamente toda a Eurásia e Norte de África, foi um dos principais centros de comércio ao longo de todo o primeiro milênio d.C. Alguns acadêmicos defendem que, até ao surgimento dos Árabes no século VII, a economia do império era a mais poderosa a uma escala global. No entanto, as conquistas árabes contribuíram de forma significativa para um período de declínio e estagnação. As reformas de Constantino V (c. 765) marcam o início do renascimento econômico e dão origem a um novo período de prosperidade. Entre os séculos X e XII, o Império Bizantino projeta uma imagem de opulência, impressionando os viajantes pela riqueza acumulada na capital. No entanto, a Quarta Cruzada deu origem a uma crise econômica profunda. A dinastia paleóloga tentou relançar a economia, embora até ao colapso do império o Estado nunca tivesse voltado a dominar por completo as forças econômicas.
Um dos pilares da economia imperial foi o comércio. O Estado controlava de forma apertada tanto o comércio interno como externo, e detinha o monopólio da emissão de moeda. Constantinopla continuou a ser o mais importante centro comercial da Europa durante a Idade Média, até a República de Veneza progressivamente tomar esta posição.
A economia bizantina esteve entre as mais avançadas da Europa e do Mediterrâneo por muitos séculos; a Europa, em particular, foi incapaz de corresponder à força econômica bizantina até o final da Idade Média. Constantinopla foi um eixo central em uma rede de comércio que por diversas vezes estendeu-se por quase toda a Eurásia e Norte da África estando no ponto mais ocidental da famosa Rota da Seda. Até a primeira metade do século XI, e em nítido contraste com o Ocidente decadente, a economia bizantina floresceu e resistiu. Um dos fundamentos