Impácto da adesão da China à OMC: A China foi parte contratante do GATT em 1947, tendo pedido a saída do referido Acordo, dois anos depois, na sequência do processo de revolução e guerra civil. Em 1986, num contexto de crescente liberalização do país, o governo chinês requer o reingresso do país no GATT. No entanto, este reingresso não é obtido e em Dezembro de 1995, o Governo chinês solicitou a adesão ao Acordo que institui a OMC. O processo de adesão continuou, a ser longo e caracterizado por intensas negociações. Em 15 de Novembro de 1999 os EUA e a China celebraram um acordo bilateral de liberalização de trocas de bens e serviços que veio facilitar a adesão da China à OMC. Em 19 de Maio de 2000, a China chegou a um acordo com a União Europeia sobre um conjunto de medidas de liberalização e abertura. A Comissão, em nome da Comunidade e dos seus Estados-Membros, negociou com a China um vasto conjunto de compromissos em matéria de abertura dos mercados, de importância crucial para a União Europeia e estes foram consagrados no Protocolo de Adesão da China à OMC. Em 11 de Dezembro de 2001, após 15 anos de negociações, a China viu aprovada a sua adesão à OMC durante a 4ª. Conferência Ministerial, em Doha (Qatar), tornando-se o membro número 143, comprometeu-se assim a adequar a sua política comercial em conformidade com os acordos internacionais vigentes, ou seja, reviu as suas tarifas de importação e respeitou a propriedade intelectual nos termos do Acordo sobre os aspectos dos direitos de propriedade intelectual relacionados com o comércio. A sua entrada na OMC foi determinante para consolidar a dimensão global desta organização internacional. Por um lado, como país mais populoso do mundo é de prever que venha a desempenhar um papel muito activo na promoção e regulamentação do comércio multilateral, com especial incidência na defesa dos interesses dos países em desenvolvimento, por outro, veio intensificar a concorrência internacional, dado o