Imprensa no Brasil
Imprensa no Brasil
A história da imprensa no Brasil tem seu início em 1808 com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, sendo até então proibida toda e qualquer atividade de imprensa — fosse a publicação de jornais, livros ou panfletos. Esta era uma peculiaridade da América Portuguesa, pois, nas demais colônias européias no continente, a imprensa se fazia presente desde o século XVI.
A imprensa brasileira nasceu oficialmente no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1808, com a criação da Impressão Régia, hoje Imprensa Nacional, pelo príncipe-regente dom João.
A Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal publicado em território nacional,[1] começa a circular em 10 de setembro de 1808[2], impressa em máquinas trazidas da Inglaterra.[3] Órgão oficial do governo português, que se tinha refugiado na colônia americana, evidentemente o jornal só publicava notícias favoráveis ao governo. Porém, no mesmo ano, pouco antes, o exilado
Imprensa Oficial, em Belo Horizonte.
Hipólito José da Costa lançara, de Londres, o
Correio Braziliense, o primeiro jornal brasileiro
— ainda que fora do Brasil. O primeiro número do Correio Braziliense é de 1 de junho de 1808[4], mas só chega ao
Rio de Janeiro em outubro, onde tem grande repercussão nas camadas mais esclarecidas, sendo proibido e apreendido pelo governo. Até 1820, apenas a Gazeta (e revistas impressas na própria Imprensa Régia) tinham licença para circular.[5] Em 1821, com o fim da proibição, surge o Diário do Rio de Janeiro.
Enquanto o jornal oficial relatava "o estado de saúde de todos os príncipes da Europa, (...) natalícios, odes e panegíricos da família reinante",[6] o do exilado fazia política. Embora (diferentemente do que muito se divulga) não pregasse a independência do Brasil e tivesse um posicionamento político por vezes conservador, o Correio
Braziliense foi criado para atacar "os defeitos da administração do Brasil", nas palavras de seu próprio criador, e