Importância econômica e alimentar de Feijão caupi
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2008) na perspectiva de regulamentação técnica para grãos considerados feijão, definiu que somente as espécies Phaseolus vulgaris (L.) e Vigna unguiculata (L.) Walp., feijão comum e feijão caupi, respectivamente, são consideradas como feijão. Essas duas espécies são as mais importantes social e economicamente no País. As regiões Nordeste e Norte são as maiores produtoras dessa cultura. Todavia, no Centro Oeste, esta havendo uma expansão significativa, principalmente para o Estado de Mato Grosso (Figura X).
A produção de feijão caupi nas regiões Nordeste e Norte é feita por empresários e agricultores familiares que ainda utilizam práticas tradicionais. Na região Centro-Oeste, onde o feijão-caupi passou a ser cultivado em larga escala a partir do ano de 2006, a produção provém principalmente de médios e grandes empresários que praticam uma lavoura altamente tecnificada (EMBRAPA 2011). No Nordeste brasileiro, a produção concentra-se nas áreas semiáridas, onde outras culturas anuais não se desenvolvem satisfatoriamente, em razão da irregularidade das chuvas e das altas temperaturas.
A EMBRAPA publicou em 2011 analises estatísticas sobre o tamanho da área cultivada, produção e produtividade da cultura do feijão caupi no período de 2005 a 2009. Constatou-se que a média de área cultivada correspondeu a 33,08% da área total de feijão (feijão-comum + feijão-caupi) na região Norte, 60,80% na região Nordeste e 18,05% na região Centro-Oeste. No mesmo período, a produção de feijão caupi correspondeu a 37,64% na região Norte, 45,67% na região Nordeste e 9,12% na região Centro-Oeste. Na região Norte a produtividade do feijão-caupi correspondeu 113% da produtividade de feijão da região (feijão-comum + feijão-caupi); na região Nordeste, o índice foi de 75,3% e, na região Centro-Oeste, 53,26%.
Neste mesmo trabalho, verificou-se que a participação do feijão caupi na região Norte, na área cultivada