importância da caracterização correta da atmosfera para o aproveitamento da energia eólica
Por que medir e/ou calcular a velocidade do vento a diferentes alturas (o capítulo 4 do Atlas Eólico de Minas Gerais traz o potencial eólico para alturas de 50, 75 e 100 metros)?
Por que é necessária uma campanha de medição de no mínimo três anos no local exato de instalação de um parque eólico, mesmo existindo Atlas Eólicos (este requisito está definido na Resolução Normativa ANEEL 391, de 15 de dezembro de 2009)?
A energia eólica provém da radiação solar uma vez que os ventos são gerados pelo aquecimento não uniforme da superfície terrestre.
Os ventos que sopram em escala global e aqueles que se manifestam em pequena escala são influenciados por diferentes aspectos entre os quais destacam-se a altura, a rugosidade, os obstáculos e o relevo.
A avaliação precisa do potencial de vento em uma região é o primeiro e fundamental passo para o aproveitamento do recurso eólico como fonte de energia.
Para a avaliação do potencial eólico de uma região faz-se necessária a coleta de dados de vento com precisão e qualidade. Em geral, os dados de vento coletados para outros usos (aeroportos, estações meteorológicas, agricultura) são pouco representativos da energia contida no vento e não podem ser utilizados para a determinação da energia gerada por uma turbina eólica - que é o objetivo principal do mapeamento eólico de uma região.
Uma base de dados com medidas locais é de grande importância para prever com precisão a densidade de energia e a potência instalada de uma unidade geradora que são proporcionais ao cubo da velocidade média do vento. A instrumentação utilizada para a aquisição de dados deve ser robusta de modo a permitir a coleta de dados confiáveis por períodos suficientemente longos de tempo a fim de que a variabilidade do vento seja conhecida. Diversos estudos discutem as principais fontes de erros como o