importancia de Durkheim na sociologia
O jovem que se mata por amor; a jovem que deixa dúvidas se realmente tinha intenção de dar cabo à vida; o velho funcionário que pensa em suicidar-se; o indivíduo que se mata por vergonha diante da falência; o soldado que se sacrifica pelos demais; o samurai que se mata em nome da honra; a renúncia desesperada à vida, etc. São inúmeras as situações em que comumente se adota a designação de suicídio. Portanto, é preciso caracterizá-lo. Segundo Durkheim:
“Chama-se suicídio todo caso de morte que resulta direta ou indiretamente de um ato positivo ou negativo praticado pela própria vítima, ato que a vítima sabia produzir este resultado. A tentativa de suicídio é o ato assim definido, mas interrompido antes que a morte daí tenha resultado” (Id., p167).
Na literatura predomina o viés individual e psicologizante do suicídio; na vida real, também. É sandice negar os fatores individuais e psicológicos. Não obstante, não é sensato restringir-se ao indivíduo e ao psiquismo. Como observa Durkheim:
“Visto que o suicídio é um ato do indivíduo que apenas afeta o indivíduo, dir-se-ia que depende exclusivamente de fatores pessoais e que o estudo de tal fenômeno se situa no campo da psicologia. E, aliás, não é pelo temperamento do suicida, pelo seu caráter, pelos seus antecedentes, pelos acontecimentos da sua vida privada que normalmente este ato se explica? (Id., p.168)
Se os suicídios podem ser explicados apenas pelos fatores