Implantação de sistema agrosilvipastoril
A instabilidade dos preços dos produtos e insumos agropecuários, além de outros aspectos, muitas vezes conduz os produtores rurais a rever seus modelos de produção ou a procurararem novas oportunidades de mercado. Aliado a este falto, o manejo inadequado do solo tem promovido a diminuição dos índices de produtividade e, frequentemente, a degradação das áreas agricultáveis no decorrer do tempo. Este processo é comumente observado naquelas regiões onde predominam as pastagens extensivas, que constituem a base da alimentação agropecuária do Brasil (MACEDO, 2005).
Como conseqüência desta condição são crescentes as discussões no sentido de se buscar modelos alternativos de produção,que sejam mais eficientes economicamente e ambientalmente.Neste sentido, o Sistema Agrossilvipastoril surge como potencial, uma vez que diversifica a produção através de consorciação de árvores,culturas agrícolas,pastagens e, ou, animais.
Diante das diversas formas de implantação e manejo dos Sistemas Agrossilvipastoris, recentemente ampliaram-se as discussões a respeito do modelo denominado Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), resultado da inserção do componente florestal na já praticada Integração Lavoura-Pecuária (ILP).
Nesta integração, potencial para recuperação/renovação de pastagens degradadas, a espécie forrageira é implantada justamente com a cultura agrícola,podendo, inclusive, compor uma estratégia de manejo rotacionando (KLUTHCOUSKI et al., 2007) .
A proposta de consorciar árvores com culturas agrícolas no Brasil teve como importante fato científico o trabalho de Gurgel Filho (1962), que analisou a viabilidade de se cultivar milho nas entrelinhas de eucalipto. Entretanto, de acordo com Macedo et al. (2010), os primeiros relatos de plantios consorciados de eucalipto com animais foram registrados por Andrade e Vecchi (1918), que relataram experiências com ovinos em pastoreio sob as árvores. A institucionalização destes modelos de produção teve também