IMPERMANÊNCIA
Assim como todo brasileiro, fui pego de surpresa na manhã do dia 13 de agosto de 2014, com a notícia do falecimento de Eduardo Campos. “Um jato particular caiu em Santos, no litoral de São Paulo, e atingiu casas por volta das 10h desta quarta-feira. Na aeronave, estava o candidato à presidência da República pelo
Partido Socialista Brasileiro (PSB) e ex-governador de Pernambuco Eduardo
Campos, morreu no acidente.”
Impermanência.
Muda TUDO para sua familia, seus colegas, seus amigos próximos, e para o
Brasil.
Sento em minha cadeira e começo a escrever, sem saber ao certo, se terminarei este texto da mesma forma que iniciei. A cada dia Deus recria o universo e reinventa suas criaturas. Nada é permanente, a não ser a própria impermanência das coisas. E pego-me pensando sobre o quanto estamos preparados para “sair de cena”, ou “mudar de cena”, ou o quanto muitas vezes esperamos para realizer um sonho, ou ainda, o quanto nos preocupamos com pequenas coisas do cotidiano e, agarrando-nos em problemas em prol de viver a felicidade, realizar sonhos, conviver com familia e amigos, se divertir.
A impermanência é lei divina e é em conseqüência dela que tudo evolui, tudo recria-se, é onde o progresso ocorre. Pela dor ou pelo amor, todos estamos sujeitos. A natureza é impermanente, o inverno cortante transforma-se no florescer da primavera, que vira uma luz quentinha no verão e fornece calor, que
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dorme ao acordar das sombras frias do inverno e transforma-se novamente na primavera florida, que dá flores, frutos, nascem animais, homens, e toda a natureza. Ocorre uma evolução ascencional de vida e amor. Assim como
Eduardo, espécies se vão, outras são criadas, constantemente à vontade de
Deus ou de qualquer outra força, conforme a crença de cada um.
Muitas pessoas sofrem ao perder um emprego, ao se separar, ao perder um negócio, ou então, sofrem quando chove, quando fura o pneu do carro. Como se