imperio bizantino
Civilização Bizantina
A civilização bizantina desenvolvia um ativo comércio com as cidades vizinhas, além de possuir uma promissora produção agrícola, o que a tornava um centro rico e forte, em contraste com o restante do Império Romano, estagnado e em crise. Após a divisão do Império, Constantinopla passou a ser a capital da parte oriental, concretizando-se a completa autonomia do que restara do grande império latino. Uma característica marcante da civilização bizantina era o papel do imperador, que comandava o exército e a igreja, sendo considerado representante de Deus e possuindo grande poder. Era auxiliado por um número enorme de funcionários, o que tornava a burocracia uma parte importante da organização administrativa e social.
Justiniano
O mais célebre governante do Império Bizantino foi Justiniano (527-565), que ampliou as fronteiras do Império, empreendendo expedições que chegaram à Península Itálica, à Península Ibérica e ao norte da África. Entretanto, excetuando-se a Península Itálica, as demais conquistas foram efêmeras, em virtude do rápido e vitorioso expansionismo árabe na África e na Península Ibérica, a partir do século VII.
A obra de Justiniano foi muito mais importante no plano interno que no externo. Entre 533 e 565, por sua iniciativa, realizou-se a compilação do Direito romano, organizado em partes: Código (conjunto de leis romanas desde o século II), Digesto (comentários dos grandes juristas a essas leis), Institutas (princípios fundamentais do Direito romano) e Novelas (novas leis do período de Justiniano). O conjunto desses trabalhos resultou num dos maiores legados do mundo romano: o Corpo do Direito Civil: (Corpus Juris Civilis), que serviu de base aos códigos civis de diversas nações nos séculos seguintes. Essas leis definiam os poderes quase ilimitados do imperador e protegiam os privilégios da Igreja e dos proprietários, marginalizando a grande massa de colonos e escravos. A burocracia