IMPERIALISMO NO S CULO XIX
O termo “Imperialismo” sugere, obviamente, uma “Era de Impérios”; em grande parte trata-se disso mesmo. Mas, conceitualmente falando, o Imperialismo do século XIX consistiu num tipo de política expansionista das principais nações europeias, que tinha por objetivo a busca de mercado consumidor, de mão de obra barata e de matérias-primas para o desenvolvimento das indústrias.
O Século XIX molda o que hoje conhecemos como Modernidade, ele dá as bases de uma nova sociedade alicerçada em modelos sociais, políticos, econômicos e culturais muito diversos dos seus “estágios” precedentes. Nesse século afirmam-se as transformações derivadas daquilo que o historiador Hobsbawn, em seu livro A Era dos Impérios (2009:24), chama de a “dupla revolução”: a Revolução Industrial que ocorreu na Grã-Bretanha e estabeleceu um sistema produtivo com capacidade ilimitada, promovendo um crescimento econômico extraordinário e a penetração dessa economia em escala mundial; e a Revolução Política Franco-Americana que estabeleceu modelos dominantes de Instituições Públicas da sociedade burguesa em ascensão e, simultaneamente, emergem os sistemas teóricos característicos de uma economia capitalista em florescimento na primeira metade do Século XIX.
Esse fenômeno de expansão dos países europeus teve início a partir do momento em que, após as Revoluções Burguesas dos séculos XVII e XVIII e da formação das nações modernas na Europa (como Alemanha, Itália e França), houve um intenso processo de industrialização desses países. A industrialização gerou, por conseguinte, uma forte concorrência entre as nações, que passaram a disputar territórios e estabelecer as suas fronteiras com exércitos modernizados e uma sofisticada diplomacia. Esse processo acentuou gradualmente o caráter nacionalista dos países europeus.
Ações imperialistas na África e na Ásia
- África
Na metade do século XIX a presença colonial européia na África estava limitada aos colonos