Impactos Sociais
História do Empregado Doméstico até aos dias atuais, antes da Emenda Constitucional 72/2013.
O inicio dos trabalhos domésticos no Brasil, remete-se a período da escravidão, onde negros e índios eram forçados a realizar os afazeres domésticos nas casas dos grandes senhores. Nesta classe estavam compreendidos homens, mulheres a até mesmo crianças, que exerciam funções como mucamas, amas de leite, costureiras, aias, pajens, cozinheiros, jardineiros, cuidavam dos filhos dos senhores de engenho, transmitiam recados, serviam as mesas, recebiam visitas etc. A escolha para servir aos casarões geralmente se dava por aqueles que tinham melhores aparências, mais fortes e limpos. Laboravam por jornadas nunca inferiores há 18 horas diárias. Sofriam toda sorte de abusos, inclusive sexuais. Era uma atividade tida como desonra, onde a maioria dos escravos preferia a morte, a ter que exercer estas atividades. O trabalho era exercido unicamente com o fim de sobrevivência, onde se trocava o labor muitas vezes por restos de comida, poucas horas de descanso, e sem direito a descansos, nem mesmo quando o trabalhador se adoentava.
As mulheres, consideradas escravas do trabalho, mesmo sendo escolhidas, eram discriminadas, principalmente pela cor, onde predominava a negra, mas seus serviços eram indispensáveis para a família de seus senhores. Suas atividades não se limitavam ao trabalho doméstico exercendo também atribuições na esfera das relações pessoais e sociais, sendo assim totalmente subordinadas aos seus “patrões”, sendo obrigadas a suportar toda exploração que lhes fossem atribuídas, inclusive serem objetos sexuais do senhor e de seus filhos, maltratadas pelas condições em que viviam completamente exploradas em uma sociedade escravocrata e patriarcal. Tratava-se de um período onde não se falava em dignidade da pessoa humana, sem direitos e sem garantias constitucionais, onde homens e mulheres, além das