Impactos potenciais adversos da telefonia móvel sobre a saúde
Departamento de Física, Universidade de Warwick, Coventry, Reino Unido e Instituto Internacional de Biofísica, Neuss-Holzheim, Alemanha. 1. As diretrizes de segurança existentes que governam a exposição do público à radiação empregada na telefonia móvel são totalmente inadequadas e a filosofia que fundamenta sua formulação é essencialmente falha. 2. As diretrizes existentes regulam somente a intensidade da radiação numa tentativa de proteger o corpo humano dos efeitos adversos à saúde que sabe-se serem relacionados à intensidade – a saber, a absorção de energia pelo tecido biológico. No caso da irradiação por microonda, a absorção de energia, que aqui resulta em aquecimento, acontece através do campo elétrico das microondas; por outro lado a exposição a campos magnéticos de freqüências extremamente baixas (ELF – extremely low frequency), levam à indução de correntes elétricas circulantes no corpo. Ambos os efeitos são muito bem conhecidos há quase cem anos, e sempre ocorrem – independentemente se o sistema irradiado é um organismo vivo ou um pedaço inanimado de matéria; na verdade eles foram primeiramente descobertos no âmbito do último. Limites de segurança existentes são estabelecidos restringindo-se a intensidade para garantir que o aumento da temperatura, ou as correntes elétricas induzidas sejam mantidos bem abaixo dos limiares do ataque dos efeitos bio-negativos estabelecidos, isto é, os limites são ditados pela habilidade do corpo em manter a homeóstase sob exposição a um dado campo externo. Deve ser notado, entretanto, que, mesmo quando o mecanismo termoregulatório do corpo consegue manter a temperatura em níveis pré-irradiação, um certo estresse ainda é desenvolvido, o qual, se sustentado por um longo período, pode, por si só, resultar em efeitos adversos à saúde. Dessa forma é possível que as diretrizes vigentes falhem em dar um adequado nível de proteção, mesmo