impactos ambientais em areas de risco
Nessa perspectiva, analisar o ambiente urbano significa considerar, além de outros, os conflitos socioambientais existentes nessas áreas. No Brasil, normatizações nas esferas federal, estadual e municipal rezam que parte das áreas urbanas deve manter sua vegetação natural protegida, entretanto, muitas vezes, são ocupadas por assentamentos humanos informais. Estima-se que mais de um milhão de pessoas vivem em áreas que deveriam ter pouca ou nenhuma ocupação por força da legislação de proteção de mananciais. Atualmente, a população urbana que ocupa as APPs vivem em conflito com os aspectos legais que integram os instrumentos de proteção ambiental. De acordo com Moreira (1990), adotar essa perspectiva significa passar de concepção de catástrofe e riscos eventuais à consciência dos problemas cotidianos, a fim de tratar os problemas ambientais não apenas como desastres possíveis, mas, sobretudo, pelo critério de conflitualidade entre os atores. As APPs existentes às margens desses espelhos d'água urbanos têm sido, ao longo dos anos. Fortemente alterados, perdendo suas características naturais em função de um crescimento urbano muitas vezes desordenado. A informalidade, ou clandestinidade, existente no ambiente urbano desafia a gestão pública da cidade, contudo impele à necessidade cada vez maior de integração das diferentes políticas públicas, em especial as relativas à natureza e à sociedade. A regularização das situações clandestinas poderá permitir ao Poder Público exigir