impacto da lei seca
Os novos números levam a uma triste constatação: apenas 15, dos 27 estados da Federação, obtiveram diminuições (pouco expressivas) no número de mortes no trânsito entre os anos 2008 e 2009, primeiro ano de vigência da Lei Seca.
Em ordem decrescente, são eles: Rio de Janeiro, -10,2%, Espírito Santo, -10,1%, Ceará, -9,6%, Pará, -8,5%, São Paulo, -7,8%, Distrito Federal, -5,5%, Paraná, -2,6%, Paraíba, -2%, Amazonas, -1,8%, Minas Gerais, -1,7%, Maranhão, -1,6%, Santa Catarina, -0,59%, Tocantins, -0,21%, Mato Grosso do Sul, -0,14% e Rio Grande do Sul, -0,04%.
Em contrapartida, os estados que apresentaram aumento no número de mortes foram: Amapá, +18,6%, Pernambuco, +13,1%, Sergipe, +12,8%, Alagoas, +12%, Rondônia, +9,7%, Piauí, +9,5%, Rio Grande do Norte, +8,2%, Bahia, +6,4%, Mato Grosso, +6,2%, Acre, 5,3%, Goiás, +4,9% e Roraima, +4,9% (Fonte: DATASUS).
Em uma breve análise, a conclusão é simples e certeira: os números dos estados que apresentaram aumentos foram muito mais expressivos que os estados que contaram com diminuições. É o caso, por exemplo, da região nordeste e de parte do norte e do centro-oeste, locais onde a Lei Seca praticamente não surtiu nenhum efeito.
O caso do Amapá é o mais expressivo. Referido estado apresentou uma diminuição de 9,0% no número de mortes no trânsito entre 2007 e 2008 e, no período seguinte (2008/2009), passou a liderar em 1º lugar entre os estados com maior aumento no número de mortes (quase 19%).
No entanto, se no Amapá a Lei Seca foi absolutamente ineficaz, no estado do Rio de Janeiro a Lei surtiu efeito, com diminuição significativa no número de mortes, uma redução de 10,2%.
Se um dos desafios da Lei Seca é diminuir os números de acidentes e mortes no trânsito, esta tarefa restou aquém