Impacto ambiental provocado pelo petróleo
Um acidente com derramamento de petróleo pode ocasionar problemas a um ecossistema aquático, do ponto de vista químico, físico e biológico. Do ponto de vista biológico O mangue branco possui raízes aéreas que apresentam poros para entradas de ar (pneumatóforos). As sementes em condições normais caem na água e bóiam até a maré baixar e quando baixa a radícula da semente se enfia no chão e a planta germina. Porém quando o óleo se deposita no fundo, isso não ocorre devido à impossibilidade de fixação da radícula. Nos crustáceos o óleo “cola” nas brânquias e impede a difusão do oxigênio matando-os por asfixia. Na época da desova os ovos não se desenvolvem e cerca de 97% da prole é perdida. As penas das aves formam bolsas de ar que são importantes para manter o animal aquecido. Com o petróleo grudado o ar não penetra entre as penas podendo então, morrer de frio. Os animais bentônicos que retiram nutrientes do fundo morrem por intoxicação devido ao acúmulo de substâncias tóxicas em vários órgãos. As relações do petróleo e de seus derivados com os sistemas biológicos dependem essencialmente da biodisponibilidade destes compostos. A biodisponibilidade pode ser entendida como o potencial que cada substância apresenta para ser absorvida pelo organismo vivo. Alguns componentes do petróleo são solúveis em água doce, os quais são os mais tóxicos para fitoplâncton e ao mesmo tempo em que são os mais instáveis, evaporando primeiro. Por outro lado existem compostos menos solúveis, os quais têm uma grande tendência de se aderir ao material em suspensão na coluna de água. Este material pode sedimentar fazendo com que o petróleo se encontre em todos os compartimentos ambientais.
Do ponto de vista físico Podemos constatar que a camada negra de petróleo sobre a água diminui drasticamente a passagem de luz impossibilitando processo fotossintético, comprometendo toda cadeia alimentar. As rochas enegrecidas tendem a
aquecer mais,