Immanuel Kant
Kant nasceu, viveu e morreu em Königsberg, uma cidade da Prússia Oriental (Alemanha). Filho de um comerciante de descendência escocesa. Recebeu uma educação pietista. Frequentou a Universidade como estudante de filosofia e matemática. Dedicou-se ao ensino, vindo a desempenhar as funções de professor na Universidade de Königsberg.
Na primeira parte de sua vida intelectual, Kant publicou diversas obras nas áreas das ciências naturais e da física, como a História universal da natureza e teoria do céu (1755), na qual esboçou a hipótese da nebulosa, que afirmava que o Sistema Solar se formara a partir de uma grande nuvem de gás, dando novos rumos à astronomia. No início dos anos 1760, Kant, influenciado pela filosofia de Hume, começa a dar forma à tese central da sua filosofia, de que o conhecimento humano pressupõe a participação ativa da mente humana, dando origem a livros que são os pilares de sua obra. São eles: Crítica da razão pura(1781), que criou as bases para a teoria do conhecimento como disciplina filosófica e marcou o início da filosofia moderna, Fundamentação da metafísica dos costumes (1785), Crítica da razão prática (1788) e Crítica da faculdade do juízo (1790). Em comum, todos eles defendem um profundo estudo do conhecimento humano, das formas e dos limites das faculdades cognitivas do homem, partindo do princípio de que o conhecimento começa com a experiência, mas não deriva dela.
Em 1792, Kant publicou A religião nos limites da simples razão, livro que levou o rei Frederico Guilherme II a proibi-lo de ensinar ou escrever sobre temas religiosos. Três anos depois publicou À paz perpétua, obra de sua maturidade, na qual discute as possibilidades da paz e defende o regime republicano. Pacifista, apoiou a independência americana.
• Dissertação sobre a forma e os princípios do mundo sensível e inteligível