Immanuel kant em “a paz perpétua e outros opúsculos”, p. 119-171
1210 palavras
5 páginas
Dentro da obra em análise A Paz Perpétua, procura-se como escopo principal de análise a interação entre os Estados (representados por homens) e os povos e, por conseguinte, o estabelecimento de parâmetros que possibilitem a aquisição da “paz perpétua” entre essas figuras mencionadas. Ainda estabelecer importantes bases para o pensamento liberal dentro das relações internacionais. O conteúdo analisado é dividido em uma primeira seção que contém artigos preliminares para a paz perpétua; uma segunda seção com artigos “definitivos” para a paz perpétua entre os Estados; contando ainda com dois suplementos e dois apêndices. Dentro da primeira seção, encontramos seis artigos elucidados pelos autor como “preliminares” para a paz perpétua entre os Estados, ou seja, todos procuram suplantar bases para a aquisição da paz perpétua. No primeiro artigo, Kant desconsidera os tratados de paz, considerando que as nações apenas pausam suas hostilidades, e a paz travada é uma simples trégua no conflito, estando as nações próximas de retomarem os mesmos; no segundo artigo o autor alemão da ênfase ao fato de que os Estados não representam um patrimônio, e sim uma sociedade de homens – cabendo a eles ditarem os rumos desse Estado – e, portanto, eles possuem autonomia, não podendo ser negociados, comprados, doados ou herdados; em seu terceiro artigo, é inferido que os exércitos permanentes devem desaparecer, com o tempo, uma vez que tal condição prepara os Estados a sempre entrarem em guerra um com o outro, sendo assim, esses exércitos ameaçam os próprios Estados com a guerra.
No quarto artigo, ainda na primeira seção, são condenadas as práticas de emissão de dívidas públicas para fins belicosos, pois tais gastos públicos devem ser efetuados para benefícios ao povo, e não à guerra; em relação ao quinto artigo é considerado que a intromissão de um Estado em assuntos internos de outro representa uma forma de gerar instabilidades, dado ao fato de que a autonomia de um povo deve ser