Imitação segundo aristóteles
Tomaremos como exemplo a reflexão de Aristóteles, que se refere à imitação como uma forma de conhecimento, pois, segundo ele, não é possível ao homem conhecer o mundo se não for pela percepção e representação das coisas.
A maneira com que o filósofo desenvolve o assunto nos traz um grande esclarecimento, principalmente ao afirmar que o imitar é natural ao homem desde sua infância. Observa-se que o método usado por Aristóteles é de reflexão, ele parte da observação para depois criar o conceito. Dessa maneira, para Aristóteles a imitação tem por finalidade o conhecimento, porque é pela capacidade desenvolvida de imitar que o homem se diferencia do animal. Nesse sentido, apesar da imitação ser natural ao homem, ele precisa ter conhecimento, para que a mesma se desenvolva. Logo, o imitar remete a um processo de educação, no qual o indivíduo vivencia a aprendizagem de forma prazerosa.
Aristóteles valorizava a imitação, mas não como uma cópia do real, e sim como um aprimoramento do mesmo, tornando, por exemplo, uma representação de um cavalo algo perfeito, representando o animal não como era, e sim como deveria ser. A representação tem por intenção ser bela.
A verossimilhança não é a verdade do mundo real ou a verdade absoluta, mas se parece com o verdadeiro, ou seja, a verossimilhança é a verdade possível que é construída dentro de uma imitação.
Em suma, a imitação é uma ponte para o prazer de conhecer, pois os diversos elementos que a compõem desde a observação, análise, até a finalidade, têm por objetivo maior o educar.
FORMA E CONTEÚDO
A verossimilhança é a característica que a arte tem de estabelecer semelhanças com o real. Este elemento artístico é construído pelo processo de mimese onde o artista se aproxima da realidade, mas sem dela ser refém. O afastamento da realidade entra como parte do processo artístico. O artista cria quando se distancia do real. Quando existe perfeita correspondência entre realidade e produção, há