Imigrantes em portugal A imigração regula-se em função do mercado de trabalho na sua maioria. Ninguém vai abandonar a sua comunidade para viver a milhares de quilómetros se aí não encontrar emprego e formas de subsistência. Em Portugal, o “recente” desenvolvimento da imigração constitui a dimensão mais saliente da recente inversão dos fluxos migratórios internacionais em que Portugal está envolvido, não apenas pela sua novidade, pelo menos nos últimos dois séculos da história portuguesa, como também por ter consequências estruturantes muito fortes, a médio e longo prazo (envelhecimento da população, visto que a taxa de fecundidade no país é de 1,4 filhos por mulher, sendo que seria necessário que fosse de 2,1 para garantir a renovação de gerações), sobre as dinâmicas da população portuguesa. O abrupto crescimento da população estrangeira residente no país, a partir da segunda metade da década de 70, tem como características mais marcantes o lento, mas regular, crescimento dos fluxos migratórios provenientes da Europa e Américas, por um lado, e a aceleração brutal entre 1976 e 1980, da imigração com origem nos PALOP. Com a intensificação do processo de industrialização e a entrada de Portugal para a EFTA durante a 2ª metade da década de 60, a economia do país começa a abrir-se ao investimento estrangeiro, fortalecendo as relações com o exterior e, consequentemente, aumenta a fixação em Portugal de residentes estrangeiros. No mesmo sentido concorre o desenvolvimento do turismo e a correspondente entrada de capitais estrangeiros canalizados sobretudo para o Algarve, região onde se inicia uma crescente fixação de ingleses e alemães. No inicio dos anos 90, Portugal sofre uma mudança no seu saldo migratório, tornando-se assim um pais de imigrantes. Até aos anos 90 do século XX, a maioria da imigração em Portugal era oriunda de países lusófonos, dada a proximidade cultural e linguística. No entanto, a partir de 1999, começou-se a moldar