Imigra o Irregular
A solicitação de apoio para intervenção militar no Conselho de Segurança da ONU é uma resposta ao crescente número mortes em naufrágios (o pronunciamento da diplomata foi feito após o naufrágio de um navio que vitimou mais de 800 pessoas) e dificuldade que a União Europeia está tendo para trabalhar com a questão de refugiados. A Regulamentação de Dublin, revista em 2013, estipula que quem solicita asilo político deve permanecer no primeiro país europeu que pisou; o problema desta lei é que países como Itália e Grécia, destinos da maioria dos refugiados que atravessam o Mediterrâneo, acabam tendo que arcar com mais de cento e setenta mil imigrantes irregulares vindos de países como Líbia, Síria e Somália.
Note-se que estamos falando de imigrantes irregulares, não ilegais, uma vez que possuem direito de permanecerem em solo europeu, de acordo com as leis da própria UE. O problema é justamente a incapacidade da União Europeia de absorver tamanho fluxo de pessoas; o continente passa por uma crise econômica e estrutural, a política de austeridade necessária para a sobrevivência de países como a Grécia e a Espanha não abre espaço para alocar mais pessoas.
O governo italiano iniciou em 2013 a operação Mare Nostrum, que abordava navios que transportavam os imigrantes irregulares e os acompanhavam de volta a costa da África; essa operação não recebia apoio de outros países europeus, e teve que ser abortada após um ano de existência. Um ano após o fim da operação Mare Nostrum, a Europa assume a operação. Sob o nome de Triton, e em cooperação com a agência europeia