IMC - Índice de Massa Corporal
Apesar de criticado como "medidor da saúde humana", o Índice de Massa Corporal - IMC - continua muito popular. Uma das razões talvez seja a sua simplicidade - é fácil medir a altura e o peso, em comparação com sistemas mais complexos de avaliação de saúde. O IMC não leva em conta o sexo, a idade e como a gordura se distribui pelo corpo da pessoa. Representa muito mais a corpulência do que a adiposidade de fato, uma vez que indivíduos musculosos e obesos podem apresentar o mesmo IMC, mas visivelmente são muito diferentes. Por isso, não basta aplicar a fórmula e passar um diagnóstico.
O IMC tem quase 200 anos de idade! Foi criado em 1832 pelo matemático e astrônomo belga, Lambert Adolphe Jacques Quételet (1796-1874) que definiu o modelo da relação média entre a altura e o peso humano, comparando milhares de medições de recém-nascidos, crianças e adultos. Quételet não estava particularmente interessado em medir a obesidade. O objetivo dele era descrever estatisticamente o chamado "homem médio". A ideia de que a fórmula de Quételet poderia ser aplicada para estudar a obesidade, partiu do médico americano Ancel Keys (1904-2004), que batizou a terminologia da relação altura e peso como IMC, em 1972.
No século 20, a medição do IMC começou a ser amplamente utilizada, principalmente por companhias de seguros que registavam pesos e alturas de clientes para julgar o seu risco de doença. Na década de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adotou o cálculo do IMC como uma ferramenta para determinar a composição corporal de indivíduos e populações. Os números de Quételet são traduzidos por um único e simples indicador, o da "massa corporal", calculado pela relação entre o peso (em kg) e o quadrado da altura (em m2). A escala de graus está