Imaturidade fetal do Humano
Apesar de o Homo-Sapiens atual ter um período de gestação muito próximo ao dos antropoides, o período de imaturidade dos humanos é o dobro do tempo necessário para a maturação nos chimpanzés.
No Sapiens moderno a imaturidade prolonga-se até os 18-20 anos, quando se completa a calcificação óssea e o crescimento.
Os Homo anteriores tinham uma imaturidade menor se comparado ao Sapiens.
Em média o cérebro de um chimpanzé recém-nascido tem 40,5% do tamanho total, enquanto o de um bebê humano tem 23%, isso implica um desenvolvimento e crescimento cerebral significativo após o nascimento.
O período elevado de imaturidade aumenta a demanda por cuidados.
Por outro lado, apesar de nascer prematuramente, o bebê é bem desenvolvido em alguns aspectos, dentre os quais, o socioafetivo. Os bebês possuem capacidades perceptuais e sociais precoces.
Tecnologia
Existe consenso de que os hominídeos fabricaram e utilizaram uma variedade muito maior de artefatos do que as ferramentas de pedra que aparecem no registro fóssil.
Nos últimos 300 mil anos, a expansão cerebral se acelerou, e o QE alcança aproximadamente 7,0 no Homo sapiens sapiens. A expansão cerebral desde os australopitecíneios até o erectus é grande e as ferramentas produzidas não parecem suficientes, a despeito de sua complexidade, para justificar tal expansão.
O autor parte da idéia de que cognição e linguagem evoluíram independentemente. Até 300 mil anos, as funções cognitivas dos hominídeos tiveram grande desenvolvimento; os hominídeos eram inteligentes, produziam ferramentas, tinham organização social, cooperavam etc. No entanto a ausência de linguagem impedia a comunicação eficiente, por isso o desenvolvimento tecnológico teria sido tão lento. A partir da linguagem, a produção cultural se intensifica e se diversifica.
Não somos particularmente forte, velozes ou bem desenhados; não nos reproduzimos rapidamente. Nossa vantagem está em nosso cérebro, com notável capacidade de