Imaginário bandeirante
NO MOVIMENTO CONSTITUCIONALISTA DE 1932
Autor: Vandré Rolim Machado
Orientadora: Maria Aparecida Ribas
INTRODUÇÃO
Nas primeiras décadas da República, a situação política e econômica do Estado de São Paulo proporcionou a elite paulista um destaque no âmbito nacional. A ascensão de Getúlio Vargas ao poder através da Aliança Liberal provocou uma ruptura da hegemonia paulista e o governo provisório desagradou os destituídos do poder. O Movimento
Constitucionalista foi à resposta de segmentos da sociedade paulista a nova realidade.
O discurso paulista, durante a guerra civil, utilizou um passado idealizado no qual o bandeirante foi a figura central. O trabalho busca analisar as representações utilizadas na propaganda do movimento que faziam menção aos sertanistas com o intuito de exaltá-los e criar uma relação com o momento vivido na época.
O primeiro foi útil para definirmos o conceito e o segundo para entendermos as várias formas que o mito pode adquirir através de um discurso. Bronislaw Baczko auxiliou a pesquisa devido ao seu trabalho sobre imaginário social. Ele entende que é por meio do imaginário que se podem atingir as aspirações, os medos e as esperanças de um povo e nos quais um grupo social esboça suas identidades e objetivos, detectam seus inimigos e organizam seu passado, presente e futuro.
Tal imaginário pode ser expresso por símbolos, alegorias, rituais e mitos. O conceito de representação formulado por Roger Chartier auxiliou também na compreensão da construção da sociedade e de suas esferas, pelas quais os grupos procuram dominar e manipular
O mito criado em torno dos bandeirantes foi um processo histórico
os imaginários sociais. As representações coletivas, segundo ele,
construído através de várias gerações. A maioria dos trabalhos
comandam atos e constroem o mundo social. Uma representação
historiográficos, anteriores a 1932, exaltava de maneira ufanista as
pode ser historicamente produzida através de um discurso e