Imagem e imaginação nos amores contemporâneos
EMOÇÕES
IMAGEM E IMAGINAÇÃO NOS AMORES CONTEMPORÂNEOS
Túlio Cunha Rossi
Doutorando em Sociologia –
Universidade de São Paulo - USP
Faculdade de filosofia, letras e ciências humanas – FFLCH
Bolsista FAPESP
04 a 07 de setembro de 2012
UFPI, Teresina-PI
Este trabalho é uma síntese de observações e reflexões presentes em minha tese de doutorado sobre a construção do amor no cinema hollywoodiano, mais especificamente entre os anos 1990 e 2000. Seguindo a metodologia proposta por
Pierre Sorlin, foram analisados seis filmes, primeiramente em profundidade, isoladamente e depois foram feitas observações acerca do conjunto, de conteúdos e estratégias narrativas recorrentes nessa amostra. Foram analisados os seguintes filmes: Uma Linda Mulher, Sintonia de Amor, Titanic, Do que as mulheres gostam,
Closer1 e O amor não tira férias. Por limitações de extensão deste texto, muitos elementos considerados relevantes, particulares de cada filme não serão discutidos, em favor da tentativa de apresentar reflexões pertinentes não apenas à amostra, mas também a outras produções hollywoodianas que tenham como tema principal relações amorosas. As análises dos filmes permitiram identificar alguns elementos e construções recorrentes, apesar de diferenças nos enredos e nas estratégias narrativas empregadas em cada filme. Embora isoladamente possam parecer de menor importância dentro de cada enredo, a reincidência de alguns desses elementos em quase vinte anos de produções cinematográficas diferentes sugere a manifestação de algo que é extra fílmico, indicando a persistência de algumas concepções consideradas necessárias, ou, no mínimo, importantes para a construção de discursos fílmicos referentes ao amor. Para tratar dessas reincidências e discutir seu papel expressivo do ponto de vista sociológico, parte-se aqui do conceito de pontos de fixação de Sorlin:
Chamaremos de “pontos de fixação” um problema ou um fenômeno que,