Ilustração da Teoria da Terapia
O autor cita o caso de uma mulher que escreveu contando que um dia, ao acaso, leu o livro “Torna-se Pessoa” e desde então chegou à conclusão que só poderia ajudar o outro quando encontrar-se primeiro, ela relata a Carl que começou a se perder ainda no ginásio quando pensava em executar um trabalho que ajudasse as pessoas, e sua família ofereceu resistência e ela acatou a decisão deles como correta, Susan então conhece um rapaz o qual ela julgava ser ideal, algum tempo depois ela olha o relacionamento de frente e percebe que ela é o que o namorado quer que ela seja, e não o que realmente ela é.
Rogers utiliza a experiência vivida por Susan para caracterizar como Teoria Centrada no Cliente é aplicada na resolução do conflito vivido pela personagem. Através de seu relato é observado que o processo de não-identificação dela é construído ainda na infância e agravado com o surgimento do namorado, nota que ela construiu uma “falsa” personalidade onde ela se moldava a vontade dos outros e não dela própria. Quando ela se dá conta disso, Susan trata como se fosse uma pessoa estranha tomando conta dela, o que na realidade nada mais é do que seus sentimentos suprimidos e escondidos que estão aflorando e ajudando-a a construir seu próprio autoconceito levando em conta seus desejos, suas emoções, o que há deixa um pouco assustada e ao mesmo tempo esperançosa como ela relata. A teoria centrada no cliente, explicaria que pelo fato da emergência de quaisquer sentimentos que mudam o auto conceito são sempre ameaçadores, quando ela relata que chorou por varias horas e que foi tomada por raiva e fúria, ela está pela primeira vez experienciando todos os sentimentos cerceados de dor e fúria que haviam sido oculto pela fachada do falso eu, esse estranho era o eu real.
Citando uma passagem como exemplo para reforçar o que está sendo comentado e logo após o comentário de Carl Rogers faz em alusão a expressão da mesma: “comecei a me abrir e a amar