Iluminuras
Ultimamente, a aplicação do termo tem vindo a ser pontualmente alargada, tanto a nível cronológico como geográfico, por forma abranger demonstrações artística muito mais variadas e oriundas do Egipto, que conheceram ampla expansão e propagação no mundo muçulmano e hindu.
Sinónimo de "iluminura", a palavra "miniatura" deriva dos termos latinos miniator ou minium, que designavam o pigmento vermelho geralmente utilizados para as grandes letras iniciais dos textos.
Durante a Idade Média empregavam-se, para execução destas pinturas, pigmentos formados por terras (como os ocres, os amarelos e castanhos), pigmentos de origem metálica (o azul e o verde) e pigmentos retirados de vegetais ou de outros elementos orgânicos. Estes pigmentos transformavam-se em tinta a partir de uma mistura com um aglutinante à base de ovo, pelo que as suas características técnicas e possibilidades expressivas se aproximavam da têmpera. Era também frequente o emprego da prata e do ouro que, para tal, eram transformados em folhas finas. O suporte destas imagens era invariavelmente o pergaminho, obtido a partir de pele de anho.
Os mais antigos testemunhos de iluminura remontam ao Egito Antigo. Nesta civilização realizavam-se ilustrações em rolos de papiro, acompanhando textos hieroglíficos, como os "Livros dos Mortos", executados para personagens importantes da sociedade (soberanos, aristocratas, sacerdotes, etc.). A tradição da ilustração manteve-se durante o período helenístico (após a queda do império egípcio) num dos centros culturais mais ativos do mundo mediterrânico, a Biblioteca de Alexandria. Durante os primeiros tempos do cristianismo foram realizados muitos livros iluminados mas poucos exemplares sobreviveram até hoje, à