Ilhotas de langerhans
As ilhotas de Langerhans são microórgãos localizados no pâncreas, onde são vistos como grupos arredondados de células, incrustadas no tecido pancreático exócrino.
Estas células foram descobertas por um cientista alemão no ano de 1896, chamado Paul Langerhans, originando daí seu nome. A maioria das ilhotas mede de 100 a 200 µm de diâmetro e contém centenas de células, embora haja também agrupamentos menores de células endócrinas entremeadas entre as células exócrinas do pâncreas. Pode haver mais de um milhão de ilhotas no pâncreas humano, com uma pequena tendência para ilhotas serem mais abundantes na região da cauda do pâncreas.
As ilhotas são formadas por células poligonais ou arredondadas, dispostas em cordões, em volta das quais existe uma abundante rede de capilares sanguíneos com células endoteliais fenestradas. Envolvendo a ilhota e separando-a do tecido pancreático restante existe uma fina camada de tecido conjuntivo.
As células das ilhotas se coram menos intensamente pelos corantes hematoxilina-eosina do que as células acinosas, resultando em um aspecto mais claro dessas estruturas quando observadas em microscopia de luz. Através de colorações especiais e por imunocitoquímica distinguem-se quatro tipos de células de ilhotas, são elas:
Células alfa (A): secretam glucagon. Em humanos, estas células possuem grânulos de forma regular contendo um centro denso cercado por uma região clara sob a membrana. Células beta (B): secretam insulina e amilina. As células B possuem grânulos irregulares com um centro formado de cristais irregulares de insulina complexados com zinco. Células delta (D): sintetizam somatostatina. Células PP (F): contém um polipeptídeo pancreático.
As quantidades relativas dos quatro tipos de células presentes em ilhotas não são uniformes, variando consideravelmente com o local da ilhota no pâncreas.
Terminações de fibras nervosas em células de ilhotas