Ilhas de calor
Os centros urbanos têm apresentado diversos problemas ambientais: poluição dos recursos hídricos, destinação e tratamento inadequado de resíduos, redução da cobertura vegetal, poluição atmosférica, inversão térmica, entre outros. Todos esses elementos são extremamente prejudiciais à vida de todas as espécies, e as consequências desse processo já são sentidas pela população.
Um aspecto muito comum nas cidades é a alteração climática, na qual ocorre a elevação da temperatura local, diferenciando das condições climáticas da região. Esse fenômeno é denominado microclima urbano, e se desenvolve em escalas diferentes, sendo determinado pelas estruturas de cada cidade (pavimentação, área verde, indústrias, etc.).
A temperatura de uma cidade pode ser elevada em até 6 °C por consequência do conjunto das seguintes ações: substituição da vegetação pelo asfalto, concreto e outras superfícies impermeáveis, que ocasiona uma grande absorção da radiação solar; verticalização das construções (edifícios), formando uma barreira para a circulação do ar e emissão de gases poluentes na atmosfera.
O concreto absorve bastante radiação solar (cerca de 98% da radiação que atinge a superfície), enquanto que as áreas verdes conseguem dissipar essa energia. Para agravar a situação, a construção de edifícios prejudica a circulação do ar, dificultando a dispersão do ar quente. A emissão de gases poluentes intensifica o efeito estufa, promovendo ilhas de calor, ou seja, aumento da temperatura local.
Esse fenômeno é mais acentuado nos grandes centros urbanos, visto que eles são mais dotados de construções e indústrias, além do fluxo de automóveis ser mais intenso. As cidades industrializadas são, ainda, mais vulneráveis a outros fenômenos, como, por exemplo, o “smog” – espécie de nevoeiro composto por diversas partículas, sendo considerada a principal forma de poluição atmosférica.
Portanto, o microclima urbano é promovido por ações humanas, havendo a