Ilha das flores

INTRODUÇÃO Trata o presente relatório do curta metragem, em forma de documentário, intitulado “Ilha das Flores”, produzido e dirigido pelo cineasta Jorge Furtado, no ano de 1989, com duração de 9 minutos e produção da Casa de Cinema de Porto Alegre.
DESENVOLVIMENTO
O documentário apresenta uma série de acontecimentos que girarão, a princípio, em torno de um tomate produzido em uma região rural. A parte inicial não dá noção da mensagem que será dada na parte final do curta. Mas, conforme os “ciclos” vão se concluindo, vai-se apresentando uma realidade que muitos julgariam inexistir. A narrativa, certas vezes, adquire um tom de humor, porém, mantém-se impessoal, até nas partes mais estarrecedoras do documentário. Do meio para o fim, é que o espectador vai formando uma idéia da mensagem que se quer passar, ao mostrar uma dona de casa jogando no lixo um tomate que ela julgou ser impróprio para o consumo de sua família. O mesmo tomate, por sua vez, é adquirido por um produtor de porcos que mantém um chiqueiro em uma região denominada “Ilha das Flores”.
No referido chiqueiro, dito tomate novamente é julgado inapropriado para consumo. Desta feita, esse julgamento é feito pelo empregado do chiqueiro, que acredita que o tomate não serve para alimentação dos porcos. Ao final, o tomate que foi considerado impróprio para consumo de uma família de classe média e em seguida para os porcos, é disponibilizado para disputa por pessoas de classe baixa, que moram na região da Ilha das Flores, a quem o dono dos porcos permite recolher o resto de comida ali depositado.
CONCLUSÃO
Não precisa o autor explicitar, em palavras, o problema ali demonstrado. As imagens falam, ou melhor, “gritam” por si. A falta de recursos mínimos de sobrevivência, a desigualdade social, a condição de miséria do ser humano, saltam aos olhos e causam indignação ao espectador. A reflexão é consequência lógica, levando-nos a analisar o nível de miséria que aquelas pessoas chegaram.