Ilha das Flores

Ilha das Flores é um curta metragem que foi feito basicamente para criticar a desigualdade social existente no país onde vivemos devido ao sistema capitalista. O curta se baseia na história de um tomate, onde ele é plantado, colhido e descartado e a partir daí, é levado para o depósito de lixo localizado na cidade de Porto Alegre, o Ilha das Flores. Todo o lixo depositado nesse lixão serve de alimento aos porcos e aquilo que é recusado pelos porcos, serve de alimento aos seres humanos. Vemos aí o extremo da exclusão social, onde os porcos são superiores aos homens. Paralelamente, o texto “Eu sei, mas não devia” aborda a situação de acomodação social em que vivemos, uma vez que aceitamos situações de modo passivo, com o intuito de nos protegermos enquanto pessoas. Tal comportamento propicia um maior individualismo, pois o ser humano acaba priorizando o seu próprio bem-estar em detrimento ao do outro, ou mesmo não tem forças para se opor às injustiças sociais e situações de tragédias humanas, como a guerra, por exemplo.
O ponto de convergência se dá na analise da sociedade, mais especificamente na desigualdade social presente atualmente, mas por pontos de vista diferentes. O filme mostra de forma clara e impessoal as consequências do individualismo humano – a desigualdade – como provocadora da desumanização dos menos favorecidos, colocando-os à margem de um sistema capitalista que valoriza apenas a vantagem financeira como provedora de qualidade de vida. Já o texto aborda a letargia humana na busca por mudanças sociais, de um modo mais pessoal, por acomodação na sua situação atual, fato que colabora para que a realidade abordada no documentário seja algo comum em pleno século XXI.