Ilha das Flores
Mais que evidenciar a situação dos habitantes daquele local, que são colocados hierarquicamente como inferiores a animais, no exemplo do curta, inferiores a porcos; pretende mostrar que tal situação não é restrita ou prerrogativa daqueles sujeitos, mas muito mais ampla e epidêmica Brasil a fora. Ao articular o Curta, com a aula “Estado e Saúde”, podemos facilmente recorrer a esse trecho do texto: “O que coloca os seres humanos da Ilha das Flores numa posição posterior aos porcos na prioridade de escolha de materiais orgânicos é o fato de não terem dinheiro nem dono”. Para então posicionar o Estado, como detentor de um papel central na provisão de uma condição mínima de existência para determinados sujeitos, como “dono” das pessoas, e, por conseguinte responsável em oferecer-lhes essas condições mínimas de existência, que estejam, relacionadas com direitos considerados e construídos historicamente como inalienáveis dos indivíduos, tais como saúde, educação, segurança, entre outros.
Indo além, desta análise adiantada que coloca o Estado numa função altruísta e paternalista, com o dever, de garantir esses insumos básicos à população, pretendo analisar especialmente o último trecho: “Os humanos se diferenciam dos outros animais pelo telencéfalo altamente