Ilha da Diversidade
– a consolidação de Floripa como destino gay
Alexandra Godoy
Universidade Federal de Santa Catarina
Centro de Comunicação e Expressão
Curso de Jornalismo
Disciplina Projetos Experimentais
Professor Carlos Augusto Locatelli
Trabalho de Conclusão de Curso
Orientadora Prof. Dra. Daisi Vogel
Aluna Alexandra B. de O. A. de Godoy
Ilha da Diversidade
– a consolidação de Floripa como destino gay
Florianópolis, 04 de abril de 2006
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Uma multidão de todas as idades, classes sociais e estilos. Para qualquer lado que se olhe a cena é a mesma, um sem-fim de pessoas reunidas. A avenida e as ruas laterais terminam em alguns metros, mas a quantidade de cabeças só aumenta e qualquer espaço vazio é rapidamente ocupado. Todos pulam ao som da música que vem das caixas de som.
Turmas animadas participam da festa nos camarotes improvisados nas janelas e sacadas dos prédios da redondeza. A atenção está voltada para os telões e para o palco em que rapazes de corpos esculturais, vestidos em sungas coloridas e botas coturno pretas, dançam de maneira sensual e exibicionista. Delírio geral. Gritos histéricos e de “lindo” vêm, na grande maioria, de meninos. Aliás, a multidão é formada quase inteiramente por eles: garotos que gostam de garotos. Sem motivo para estranhamentos, já que essa festa é feita especialmente para eles, mas com espaço (um tanto apertado) para receber os simpatizantes e curiosos.
Em festa gay, go-go boys são essenciais, dão um toque especial. O show dos meninos do Mix Café, um dos mais antigos points gay de Florianópolis, serviu como esquenta e animou, por mais de duas horas, essa turma que a cada ano cresce de forma surpreendente e toma conta do centro de Florianópolis durante as cinco noites de Carnaval.
O lugar da festa é a região do antigo bar Roma, na avenida Hercílio Luz, e o melhor dia dessa folia regada com músicas pop e eletrônica é a segunda-feira, quando acontece o tradicional concurso Pop Gay,