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859 palavras 4 páginas
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Entre a loucura e a sensatez
O Transtorno de múltiplas personalidades surge repentinamente em crises de alter egos detonadas pela interação de diversos fatores, porém muitos estudiosos defendem o desencadeamento desta patologia a partir de abusos na infância
Por Liliana Lavoratti Recommend 4 recommendations. Sign Up to see what your friends recommend.

Edição nº 76

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SUMÁRIO DA EDIÇÃO MATÉRIA DE CAPA REPORTAGENS CONSULTÓRIO EDIÇÕES ANTERIORES EXPEDIENTE

FILOSOFIA LEITURAS DA HISTÓRIA PSIQUE

Às vezes, quando acordo de um pesadelo na escuridão da noite, ouço a voz do pequeno JJ dizendo que tudo vai dar certo. Coloco minha fé nele - uma criança de dez anos que, como diria vovô, tem 'uma sabedoria que vai além da idade'. JJ, assim como os outros, me ajudou a chegar onde estou. Seguramente, não estou mais tão vulnerável quanto já estive, apesar de às vezes ainda me tornar o bebê Alice - ocasiões em que Alec canta canções de ninar para ela dormir. Outras vezes posso ser Samuel, ou Billy, ou Kato, ou Shirley; mas hoje não tenho dúvida, sou Alice." Assim termina o relato da britânica Alice Jamieson, que em abril de 1993, aos 24 anos, foi diagnosticada com Transtorno de Personalidade Múltipla, também conhecido como Transtorno Dissociativo de Identidade. Escrito com a ajuda de Clifford Thurlow, o livro Hoje Sou Alice - Nove personalidades, uma mente torturada (Editora Larousse do Brasil, 2010), é "um relato verdadeiro e extremamente pessoal dos eventos que se deram ao longo da minha infância e de como continuam assombrando minha vida adulta", como afirma a própria Alice. "Sofri abuso sexual, físico e emocional até os dezesseis anos de idade, e não contei a ninguém", destaca. Alice reconhece que ganhou alguma perspectiva de equilíbrio na vida - para concluir o doutorado na universidade, construir um relacionamento afetivo com "a alma gêmea", Alec; denunciar o pai na Justiça e exigir do Estado indenização

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