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A Sociologia surgiu através da tentativa de Augusto Comte (1798 – 1857) em unificar vários estudos relativos às ciências humanas em apenas um só mais, foi só no século XIX com o aparecimento dos problemas sociais decorrentes da Revolução Industrial, que a sociologia tomou proporção, surgindo como a ciência responsável para solucionar esses problemas.
As transformações econômicas, políticas e culturais ocorridas no Ocidente a partir do século XVIII, como as Revoluções Industrial e Francesa, evidenciaram mudanças significativas na vida em sociedade com relação a suas formas passadas, baseadas principalmente nas tradições.
O seu surgimento ocorre num contexto histórico específico que coincide com os derradeiros momentos da desagregação da sociedade feudal e da consolidação da civilização capitalista, com a revolução industrial e a revolução francesa. A sua criação não é obra de um único filósofo ou cientista, mas representa o resultado da elaboração de um conjunto de pensadores que se empenham em compreender as novas situações de existência que estavam em curso.
O surgimento da sociologia prende-se em parte aos abalos provocados pela revolução industrial, pelas novas condições de existência por ela criadas e pelas modificações que vinham ocorrendo nas formas de pensamento.
A sociologia sempre foi algo mais do que mera tentativa de reflexão sobre a moderna sociedade. Suas explicações sempre contiveram intenções práticas, com a pretensão de interferir no rumo desta civilização, tanto para manter como para alterar os fundamentos da sociedade que a impulsionaram e a tornaram possível.
A profissionalização da sociedade, orientada para legitimar os interesses dominantes, constituiu campo fértil para uma classe media intelectualizada ascender socialmente. A profissionalização do sociólogo, moldada por esta lógica de dominação, acarretou-lhe, via de regra, a conversão em assalariado intelectual e a domesticação do seu trabalho.