Idosos

A Organização Mundial da Saúde -OMS- define a população idosa como aquela a partir dos 60 anos de idade. Esse limite é válido para os países em desenvolvimento, mas admite-se um ponto de corte de 65 anos de idade para os países desenvolvidos, pela tradição destes em utilizarem esse índice há várias décadas. Porém, é difícil utilizar como único critério a idade para caracterizar uma pessoa idosa. Nesse segmento, conhecido como Terceira Idade, estão incluídos indivíduos diferenciados entre si, tanto do ponto de vista sócio-econômico, como demográfico e epidemiológico (PEREIRA et al, 2003).
Desde o princípio da estruturação das sociedades ocidentais, elas se caracterizavam por apresentar uma população mais jovem. Ao longo de toda a sua evolução, o Brasil também foi considerado um país jovem. Alcançar idade avançada era algo muito raro. A explicação de tudo isso pode ser encontrada na carência não só de estrutura sanitária adequada, como também na falta de tecnologia médica (RAMOS, 2014).
Ao alcançarem idade avançada, as pessoas simplesmente se afastavam das atividades produtivas, por não apresentarem mais capacidade física para continuar. Não existia aposentadoria ou qualquer outro tipo de proteção nesta fase da vida (RAMOS, 2014).
Após o processo de industrialização consolidado, etapa avançada do sistema capitalista, é que a ciência surgiu com avanços que propiciaram melhorias nas condições insalubres das sociedades, como também a medicina desenvolveu inúmeros medicamentos, vacinas e tratamentos para doenças, que antes impediam as pessoas de envelhecer (RAMOS, 2014).
Mas não somente a questão biológica avançou. Também as sociedades tornaram-se cada vez mais complexas, exigindo uma nova postura diante da existência, especialmente de sua duração como condição essencial para a própria sobrevivência do sistema (RAMOS, 2014).
O crescimento da população de idosos, em números absolutos e relativos, é um fenômeno mundial e está ocorrendo em um nível sem precedentes. Em