Idosos, jovens, adultos e o analfabetismo no campo: fatores que promovem a exclusão educacional
INTRODUÇÃO Tradicionalmente a educação para as praticas pedagógicas vigentes, se restringe ao tríduo infância, adolescência e fase adulta, excluindo dos seus aparelhos pedagógicos a educação para os idosos. Neste cenário podemos nos questionar quais os fatores que delegam ao sistema educacional um caráter tão excludente, porque a sociedade baseia o seu inventario educacional na zona urbana relegando ao esquecimento a zona rural onde se encontra a grande maioria dos idosos não alfabetizados. A sociedade urbano-industrial capitalista vê o meio rural como um mero coadjuvante da vida urbana, e isso é visivelmente refletido nas tentativas do Estado quando se propõe a inserção educacional no meio rural, no qual utilizam currículos e conteúdos pertencentes ao contexto da vida urbana distante da realidade da vida rural além da precariedade das estruturas das escolas que são disponibilizados no campo. No Brasil é no meio rural que se apresentam os mais baixos números de escolaridade. Segundo o INEP, os dados apresentados no projeto Panorama da Educação no Campo (2007) apontam um índice de 3,4 anos para a escolaridade de jovens com 15 anos ou mais que vivem no meio rural, quando comparados ao índice estimado para a população urbana que é de 7 anos. Ao observar o cenário do analfabetismo nessa população os dados do IBGE (Censo 2010) apontam um índice de 23,2% no campo enquanto no meio urbano essa taxa cai para 7,3%, evidenciando os índices elevados e bastante preocupantes em função das taxas de analfabetismo no país. Esses são apenas poucos dos inúmeros indicadores que evidenciam a precariedade