idoso
O fenômeno da velhice é algo presente nas diversas épocas e lugares, fazendo parte da evolução da civilização humana. No entanto, este constructo sócio-histórico e psicológico ao longo dos tempos foi alvo de pesquisas científicas e do senso comum, cuja premissa maior era busca da juventude e da beleza eterna. De modo que a velhice possui o componente preconceituoso e estereotipado de uma fase do desenvolvimento humano marcado por acontecimentos negativos.
Nas sociedades contemporâneas verifica-se um aumento da expectativa de vida e crescimento da população idosa em vários países. O presente artigo objetiva enfocar a velhice e o processo de envelhecimento humano numa abordagem sócio-histórica e psicológica.
A questão do envelhecimento e da longevidade humana é algo que já se fazia presente na mais remota história, seja na busca pela fórmula da eterna juventude, esta associada à felicidade plena; ou como preocupação constante do homem em todos os tempos. Despertando maior ênfase na última década, devido sobretudo a sua expansão tanto a nível mundial, como na realidade brasileira, sendo objeto de investigação na comunidade acadêmica e na sociedade civil.
A imortalidade e a eterna juventude são sonhos míticos da espécie humana. A procura da fonte da juventude é assunto desde os mais antigos escritos. O livro Gênese do Antigo Testamento fala que após o dilúvio as pessoas passaram a viver mais, a velhice é vista como um edifício e a morte representa sua total e definitiva demolição. Já os gregos como por exemplo Hesíodo (século VIII a.c.), descreveu uma raça dourada, constituída por um povo que vivia centenas de anos sem envelhecer e que morreriam dormindo quando chegasse o seu dia. Aristóteles