Ideologia, cultura e consumo
comunicação de massa como uma de suas mais eficazes fontes disseminadoras, a ideologia das marcas instala-se de maneira sutil, pois assim com sua face ocultada pela forma do cotidiano, remetenos a simples condição de espectadores de uma realidade ingenuamente percebida. Nossa capacidade de interpretação dos fatos oriundos de conjunturas, é transformada por técnicas de condução ou indução visuais, impressas ou sonoras, dando-nos uma percepção ilusória de uma realidade imediata, o que chamaremos de caverna, retirando assim nossa experiência
subjetiva, gerando por tanto, uma forma de consciência da realidade, mas uma consciência parcial, ilusória e enganadora que se baseia na criação de conceitos e preconceitos como
instrumentos de dominação e estigma social e cultural. Deixando nossa capacidade de escolha
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aberta ao consumo do produto A, B ou C, consumo esse de objetos ou idéias. Essa forma de consciência designa os sistemas de idéias que elaboram uma "compreensão da realidade"
preparada para ocultar ou dissimular o domínio de um grupo sobre outro. Friedrich Hegel descreve esse conceito de realidade real, em outra obra, tem como tema a alienação da consciência. Assim, de que maneira se dá o processo de inserção da marca como símbolo cultural,
identificando e excluindo classes sociais? E como essa exclusão define as relações sociais? Com base nessa linha reflexiva, exponho um problema social cujas implicações são visivelmente identificadas nas grandes metrópoles do Brasil. Traçando uma analogia entre o Mito da Caverna, Ideologia e Cultura, Apoiado nos conceitos de Hegel,
Schopenhauer, Tomaz Tadeu da Silva, Platão, Althusser e Kotler sobre a consciência, ideologia, cultura de massa, identidade e marketing inserida na sociedade moderna.
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Parte I Definindo o perfil da Consciência e o conceito de Exclusão
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A consciência
Acorrentados pelo